sábado, 19 de fevereiro de 2011

ILÁRIO ;P





Conversa entre bebês !




- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.

- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?

- Nunca.

- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?

- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.

- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!

- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu
.- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe mesmo... Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.

- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles não está dando certo... Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de
'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele passar desfilando e tal.

- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.
- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo, ela disse que a vizinha cria perereca na gaiola... já viu...essa rua só tem doido...
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito





Té a próxima galera :*



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Jamais diga nunca












Sim, é ao som dessa música que começo o post de hoje no 7cos. Aliás, peço desculpas pela falta da semana passada, mas é que aquele dia 11 de fevereiro foi muito movimentado, e me impediu de postar =/

E querem saber o por que dessa música estar no início do meu post? Então leia...


Uma prima da Carolmonper deixou com ela um antigo mega drive III, aqueeele que vem com 30 jogos na memória, vários clássicos do mega drive... entre eles Sonic The Hedgehog, o primeiro. Sabe, apesar de meu primeiro console, aos 5 anos de idade, ter sido um master system que vinha com um Sonic na memória (e eu zerasse ele todos os dias), eu nunca gostava dos jogos mais populares do Sonic. Eu achava tudo rápido demais pra mim, eu nunca via os inimigos, as paredes, e obstáculos. Assim, eu acabei migrando pro pessoal que faz o Mário, até que...


Voltando a história, eu comecei a jogar Sonic de novo naquele velho mega drive, fui passando umas fases, fui me surpreendendo em como eu tinha melhorado naquilo com os anos, e fui gostando. Dias depois conheci Sonic The Hedgehog 2. Fiquei encantado com a união da velocidade com a acessibilidade. E por coincidência li coisas sobre Sonic na mesma semana, e motivado por isso, cacei uns vídeos de Sonic fan remix e Sonic The Hedgehog 4. Aí já era. Tratei de caçar o Hareon, amigo meu que é fã e mini-autoridade no assunto Sonic, escutei discursos, joguei alguns, assisti outros e peguei uns jogos do azulão emprestado. Pronto, hoje sou um pseudo-fã da série e me divirto jogando o problemático porém divertido Sonic Heroes.


Aí você deve estar pensando o que você tem a ver com isso. Nada. Mas é que essa experiência me lembra algo que já passei várias vezes na vida, e que muita gente já passou e deve passar ainda: queimar a língua. Pra quem não conhece a expressão, trata-se de quando você fala algo e os acontecimentos futuros provam o contrário.

Todo mundo critica aquilo que não gosta, e principalmente, embora não admitam, criticam aquilo que não conhecem. Existem vários exemplos: podemos falar mal de uma banda que nem conhecemos por que os integrantes se vestem de uma maneira diferente, podemos falar mal de uma música que nem escutamos só por que ela é forró, ou podemos dizer que um livro é ruim só por que é de uma autora que você não gosta... leia primeiro o livro, né? A surpresa pode ser boa.


Eu odeio aquelas pessoas que falam mal de alguma coisa antes de conhecê-las. Sério. Eu falo mal de muita coisa também, não nego. Mas pelo menos eu conheço a coisa antes. Eu comi jiló pra saber como aquilo é ruim. E tem gente que não come pequi só por que não gosta do cheiro. Coma antes de negar.

Lógicamente existem as coisas que você não precisa experimentar pra saber que é ruim, pois é de conhecimento CIENTÍFICO público que são nocivos, como as drogas, por exemplo. Não é preciso se jogar do alto de um prédio pra saber se a queda mata ou não.

Eu não gostava e até falava mal de Sonic só por que eu era ruim no jogo, e assim não quis conhecer. Mas joguei, dei uma chance, tive paciência, conheci a coisa e hoje eu gosto.


Não tô aqui dizendo pra você que não curte forró escutar um CD do aviões por uma hora, nem pra você que é fã de comédia assistir a trilogia do Senhor dos Anéis. Tô aqui só pra conscientizar: ficar no consciente. Pra que você pense antes de dizer as coisas.


P.S. Faz um tempo que não escrevo algo com qualidade, e peço desculpas pela brevidade do meu texto. Tenho que ter mais tempo pra me dedicar ao blog, mas com as férias que estou tendo está meio difícil.

Mas pelo menos ficou bem ao estilo do @Krap que escrevia por aqui. E isso já é um auto-elogio e tanto.

Até textos melhores!


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

EUSÓ!


É sempre um risco cada rabisco,
Letras traçadas buscando formar palavras rimadas para leitores anônimos,
Sou compasso em cada passo,
Sou urbano dentro de conduções atrás das minhas condições,
Sou poeta de amores que vivo,
Sou a rua quando no céu só encontro a lua
Sou pensamentos, versos e poesias.
Sou nostalgia
Sou cantor sem multidões
Não vivo no tempo embora meu relógio marque as horas
Sou pontualmente atrasado
Corro pela certeza do amanhã
Sou lembrado por nunca ter sido esquecido
Sou um herói bandido
Sou aluno do mundo
Sou vagabundo
Sou uma noite de sereno
Sou índio
Sou branco
Sou preto
Sou guerreiro sem espada
Corredor sem linha de chegada
Sem definição de amor, sem público pra publicar minha dor.
Tenho a fé de todo sonhador
Descrevo-me sem saber quem eu sou
Sei que sou muito para uma simples descrição
E que sou nada além de uma simples canção!


ONELOVE ...