Olá pessoal.Quem acompanha essa seção com certa fidelidade sabe que de vez em quando eu tenho uns ataques de depressão profunda. Por causa de cabeça doente mesmo.
E às vésperas de escrever o post dessa sexta-feira eu tive mais uma "pala" do tipo. E resolvi voltar uma série de postagens adequando-a ao tema "depressão" que veio forte na minha cabeça nessa quinta. A série de postagens é aqueela com meus poemas antigos.
Pois bem, o "poema" de hoje foi feito na minha época do ensino médio(3º ano pra ser mais exato), e foi feito durante uma dessas crises. Eu não gosto muito das coisas que escrevo nesses períodos, mas posto esse hoje por que a crise de ontem não me deixou escrever nada, e também pra que vocês possam tentar entender(ênfase no"tentar).
A malvada falsidade da falsa qualidade
"Há uma gota de sangue em cada poema"
O poeta, velho de guerra,
Enfim reconhece seu lema
Reflete, reconhece
Triste, começa o dilema
Joga a bondade e a verdade no lixo
Verdadeira maldade é seu tema.
Maldito, refletido e são,
Ele se afeiçoa ao horror
Agora contente, descobre:
"O poeta é um fiingidor"
Jamais mostra a verdade
Recolhe em si, a própria dor
Explora as outras pessoas,
Pra tentar buscar seu esplendor..
Nas pupilas anônimas ele se vê,
Se enche, pensa alto com clamor:
A imagem do poeta é feliz!
Por que o poeta...
Ah! Ele é um bom fingidor.
Nos cantos acadêmicos
Sua inescrupulosidade é exercida
Executada com maestria,
Só por ele é percebida
Brinca com os sentimentos,
E acha que aquilo é vida
Fere com ferro
Volta sem ferida.
(...)
Embora a imagem do poeta seja feliz
Ele se sente atrás, quer ser dianteiro
Seus interesses o movem
Atrás do ouro ele corre o mundo inteiro
Usa de todos os recursos
Pra parecer "o cara maneiro"
Ainda tem gente idiota
Dizendo que ele não é interesseiro...
Observe seus melhores amigos:
Reparou que todos eles têm dinheiro?
Mas são estes os amigos,
Que o fazem observar a maldade
Observar bem o porque de tanta vaidade.
Pedem para o poeta lembrar o passado
E assim sentir saudade...
Dizem:
Você está sob efeito de uma malvada falsidade
A malvada falsidade da falsa qualidade
Falsas qualidades cegamente autenticadas pela falsidade
Qualidades estas, que em ti, são de verdade...
Com esses novos conceitos
Sua cabeça entra em frisson
De repente o azul é falso
E o verdadeiro é marrom
E assim sua caixa de cores,
Começa a ganhar um novo tom
Ele percebe que seu coração
Começa a fazer um novo som
E que ele fez sua poesia,
Na simples tentativa de ser bom.