Você me faz tão bem

Depois dessa quinta-feira feriado de Porcus Tristis, e Corpus Christi, dos meus dois últimos posts que foram sucesso absoluto de público, crítica e recordistas de comentários, e dessa dose exagerada de ironia e contradição, resolvi voltar a um tipo de texto que fez um certo barulho semanas atrás...

Mas:

Sobre o que escrever?
Sobre o que escrever, se eu só penso em você?
Escrever o quê, se o prático, pra mim, é inviável
Se andar às cegas, tateando, agora é admirável?
Se inspirar no quê, se o mundo de Ivalice já não é tão mágico
Se perder a Triforce já não é tão trágico?
O que tentar salvar, se o tempo parece tão elástico?
Por que se sacrificar, se está tudo tão fantástico?
Sobre o que escrever, se perdeu a graça salvar o mundo?
Escrever o quê, se Ocelot agora, é só um vagabundo?
O quê? Se desligo o console, o céu continua azul
Se ligo o rádio, ouço “all I wanted was you...”
Pra que investigar, se nada mais parece sobrenatural
Se você já sabe que o vilão é a causa do mal
Se a magia do cinema ou da TV ficou tão banal
E se a realidade ficou mais impressionante e especial?
Haveria muita coisa sobre o que escrever
Por trás de tudo, há algo pra se ver
Por trás do download, mora o lazer
Por trás do joystick, mora o prazer
Mas sobre o que escrever?
Se por trás de tudo, só enxergo você?
Vou dissertar sobre o quê, se quando te vejo tudo se perde?
Seja um texto longo, ou uma anedota nerd
Quer saber?
Pra que escrever
Sobre ficções passadas ou coisas do além?
Se VOCÊ
Me faz tão bem..?