quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Contos de Pee [2]



- Meus pais não estarão essa tarde em casa...
- Mesmo assim, vou poder passar aí?
- Ah, claro... Eles confiam na gente... e também, somos só amigos.
- ... Ok, vou me arrumar e vou.
- Beijos - diz ela preparando pra desligar.
- Beijo, beijo - falo e desligo o telefone, já correndo pra me arrumar.
Cada minuto antes de chegar à casa dela passou terrivelmente de vagar. Por algum motivo, eu estava muito nervoso - de alguma forma eu previra o que podia acontecer.
Ela me esperava no portão:
- Você demorou, você nunca se atrasa...
Conversamos até terminamos de subir as escadas, onde parei, ela me olhou, e antes dela perguntasse algo, eu a beijei. Foi um beijo quase sem movimentos, foi rápido, ela não o parou nem o continuou, ela me olhou com uma face que oscilava entre reprovação e aprovação, que me deixou meio sem saber se ela tinha gostado ou não, outros beijos já tinham acontecido antes, mas nunca entendi se eram bem-vindos. O passar da tarde não foi alterado por causa dele, tarde que quase era noite agora. Estava na hora de eu ir, mas como seus pais ainda não tinham chegado, ela me pediu para que os esperassem, o que não seria problema pra mim.
Ela estava preparando algo pra comermos, na cozinha, onde eu sempre adorei observa-la trabalhando como uma dona de casa, mas ela sempre brigava e me mandava parar de olha-la. Naquele dia não foi diferente, ela logo brigou e me mandou aproximar dela, ela então me beijou, foi um beijo mágico, eu não saberia descreve-lo de outra forma. O telefone tocou, fazendo a gente parar tal ato. Ao telefone ela disse vários "sim" e "aham" então me olhou com um sorrizo que eu poderia pinta-lo em um quadro daqui 100 anos que eu o lembraria igual.
- Você vai dormir aqui...
- Vou, é?
- Sim, meus pais não vão voltar. Mas você... a gente precisa se comportar e você tem que ir embora bem cedo antes deles voltarem.
Não lembro de ter respondido, ou vibrado, isso deve ter sido bom. Não saberia do que falar de qualquer forma.
Acho que ela mesmo não a ouviu dizer "comportar" a primeira ação foi dela, no beijamos e abraçamos por horas. Logo, já passava de meia-noite quando pensamos em dormir. Pela primeira vez, o clima ficou tenso.
- Você vai dormir onde? - ela perguntou.
- Onde você disser que eu vou.
- Não podemos fazer isso essa noite.
- Eu sei que não, então eu durmo na sala.
- Dorme comigo.
Não conseguimos dormir, lógico. Algumas horas depois estamos sem algumas peças de roupas, e aconteceu. Era a primeira vez dela, ela queria e não queria. Foi calmo, foi forte, foi rápido e lento... não existem palavras.
Quando terminamos, pouco depois, ela começou a chorar, e não queria me contar o porquê.
- Você quer que eu vá embora?
- Aham.
Eu sai do quarto dela, sem saber se eu tinha que ir embora de toda a casa
- Fique no sofá. - disse ela
Pela primeira vez, eu não sabia o que tinha que fazer, se é que eu podia fazer algo.
Eu não dormi, fiquei olhando a luz da lua que entrava pela janela, luz que fora cortada quando ela apareceu, ela vestia apenas o edredom, e veio deitar comigo, ali, no sofá, onde aconteceu de novo e de novo...

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5 comentários:

  1. Wooooow..
    Pooow arrebebentou mais uma vez..
    *--*
    Mee deixoou boqueaberta çç

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  2. FAço a mesma pergunta que David!!!!
    Esse menino me mata de curiosidades e dúvidas....conto?ou veracidade de fatos???

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  3. Stephanie
    Em to adorando os seu post .. ta cada dia melhor!! Parabéns mesmo
    ;**

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  4. Ah claro você é o fodão, como se alguém fosse morrer de tesão por você "projetinho de gente de 1,30 m"
    O COMELÃO *-----*

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