quinta-feira, 15 de julho de 2010

:Underground e Humores (Pt. I)


É um gênero de música e outras formas de mídia que pretende alcançar a audiência de uma elite (termo que deve ser lido com cuidado aqui, não se refere a padrões de riqueza, e sim exigência). Caracterizada por altos níveis de experimentação e originalidade e não se conforma com padrões típicos, tendências e modismos geralmente instalados na mídia popular (mainstream). As vezes nomeado como "independente" ou "contra-cultura".
A origem simbólica: os metrôs de Londres.
Sabe aquela gente com que você senta pra discutir gosto musical, e em 3 minutos você se sente confuso(a) e mal informado(a)? Ou então a pessoa só fala dos diretores dos filmes, da fotografia, e talz... Ou então do nerd que comenta sobre os "engenheiros"  dos jogos, e não só dos jogos em si. Essa gente provavelmente é do ramo underground.
Mas eu quero focar na música. O mundo vai muito além das rádios que ouvimos e das poucas coisas que nos aconselham. A rádio é saturada no Pop, em que as batidas se parecem, a letra não tem um sentido completo, ou é de um sentido tãaaaaaao generalizado que cansa. E alguns anos depois vira musiquinha de elevador (essa não é a realidade no Brasil). O underground é fatal pra quem está afim de explorar coisa boa e nova. Muito nova (hehe).
Já é comum achar que música Eletrônica são só aquelas batidas pobres e repetitivas de raves, ou que a nova tendência é misturar um toque de algum instrumento alternativo com essas mesmas batidas toscas (tipo aquela do Edward Maya & Vika Jigulina. Quer me ver passar mal, é por esse dancezinho UÓ na minha frente : Eduard Maya & Viga Jigulina- Love stereo.mp3 ). Mas a música eletrônica vai além disso. Temos os eletroclashs, os Eletro (ou eletrofunk), eletropop, bons rocks eletrônicos, até romanticos! Procurem algo de Hexes & Ohs, por exemplo. A coisa tem letra, é trabalhada e tudo mais. E não ficamos só no eletrônico, pois temos os mais diversos rocks, o experimental, e algumas tags mais apelonas, tipo "glitch" (não aconselho). Afinal, os anos 90 se cansaram das "boys band", já estamos perto de nos cansarmos de algo pra 2010 né?
E músicas de outro país, além das coisas em inglês. Você arrisca? Mesmo não entendendo, eu aconselharia que um dia vocês parassem tudo e sorteassem um país, procurassem uma banda diferente de lá e ouvisse algo. Faz bem pra alma, pro cérebro (é sério, evita alzheimer esse lance de experimentar coisas) e expande seu lado cultural. NÃO CUSTA NADA. Eu mesmo tenho uma coleção de "bon Odori" (japonês), uns troços  do Irã, rap francês e tudo mais. (Enquanto escrevia, percebi a necessidade de um post sobre indie e outro sobre "Contra-Cultura")

Mas tá. Digamos que você conheça alguém com essa linha underground. Vamos pensar em música. A pessoa só sabe falar de bandas que 6000 pessoas ouvem na Ásia, ou coisa parecida. E ela se nega a ouvir QUALQUER pop, e briga, faz estardalhaço, critica horrores quem não curte um lance mais isolado (musicalmente) e acha que está arrasando. Vira algo doentio, um verdadeiro saco. Neste caso, diagnosticamos como a "síndrome underground". A pessoa só tem perfis em sites estranhos, citações estranhas em lugares estranhos, e acha que tudo tem que ser do underground. Ninguém merece, convenhamos.

Okay. Depois de ponderarmos isso, vamos aos humores: Quem não tem umas músicas que instigam alguma espécie de sentimento especial? Nostalgia, medo, amor, amor, amor, desgosto, amo amor e mais amor? (hehe) Eu ando sofrido muito com "bagatelas" da Adriana Calcanhotto. Conhece? (Seria o ato de forçar você a conhecer ou não que exemplificaria os Undergrounds doentios dos outros. Ela é bem conhecida. Mas só umas 10 músicas. Muita gente tem mania de pegar um cd e só ouvir os singles. Nem dá oportunidade para as outras músicas (e é assim que se desenvolve a indústria massificada do pop, que é um estilo que também tem um lado não massificado, pra deixar bem claro). Eu odeio The Beatles e Coldplay por exemplo, mas adoro ouvir  "Hey Jude" e "viva la vida", elas são nostálgicas pra mim. "Luvstory" da banda Sigur Rós me faz entrar em desespero, o toque de "Sunglasses at night" NÃO SAI DA MINHA CABEÇA (help! ><), e a música "dear God I Hate Myself" é a nova temática da minha crise. E Joy Division e New order explicam muita coisa da vida pra mim...
Dessas musicas/bandas que citei, quais você conhece? (tirando beatles e coldplay neah!?) Se não foram muitas, eu repito: por que não correr atrás de algo diferente? Você tem medo de mudar? (e essa pergunta vale para todos campos da sua vida)

É isso para a parte I sobre os humores, e espero que você tenha pego o sentido de "underground". Alarmes finais:
- Cuidado com as barras italianas (dobrar a barra da calça). São MUITO arriscadas. E nem sempre a calça de ajuste reto é a melhor pra ela. (eu me diferencio da escola de moda da Cherry/Carol M. Ela vive, eu não).
- Os quadrinhos de Kick-Ass são MUITO fodas, aproveitem.
- A moda nerd/preppy está caindo e dando espaço pro Noir, mas ainda vai demorar um tiquinho. Outro dia eu explico. Até.


3 comentários:

  1. Volto a dizer:
    adoro os posts do @omtouche que me ensinam alguma coisa, seja uma expressão, estilo ou tendência.

    E tem razão: gente com síndrome underground é uó. Bem uó. E ta cada vez mais comum.

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  2. eu curto muito mais UNDERGROUND q tudo...
    Sou aquele q escuta músicas q nego vem descobrir mili anos depois ..HAHAHAHAHHA
    e a galera hoje em dia tá começando a entrar nessa 'moda'

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  3. Obrigada pela correção sobre a barra das calças, não especifiquei e acabou ficando um tanto errado.

    E gente totalmente underground realmente é díficil.

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