sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Depressão












Olá pessoal.
Quem acompanha essa seção com certa fidelidade sabe que de vez em quando eu tenho uns ataques de depressão profunda. Por causa de cabeça doente mesmo.
E às vésperas de escrever o post dessa sexta-feira eu tive mais uma "pala" do tipo. E resolvi voltar uma série de postagens adequando-a ao tema "depressão" que veio forte na minha cabeça nessa quinta. A série de postagens é aqueela com meus poemas antigos.



Pois bem, o "poema" de hoje foi feito na minha época do ensino médio(3º ano pra ser mais exato), e foi feito durante uma dessas crises. Eu não gosto muito das coisas que escrevo nesses períodos, mas posto esse hoje por que a crise de ontem não me deixou escrever nada, e também pra que vocês possam tentar entender(ênfase no"tentar).




A malvada falsidade da falsa qualidade


"Há uma gota de sangue em cada poema"
O poeta, velho de guerra,
Enfim reconhece seu lema
Reflete, reconhece
Triste, começa o dilema
Joga a bondade e a verdade no lixo
Verdadeira maldade é seu tema.


Maldito, refletido e são,
Ele se afeiçoa ao horror
Agora contente, descobre:
"O poeta é um fiingidor"
Jamais mostra a verdade
Recolhe em si, a própria dor
Explora as outras pessoas,
Pra tentar buscar seu esplendor..
Nas pupilas anônimas ele se vê,
Se enche, pensa alto com clamor:
A imagem do poeta é feliz!
Por que o poeta...
Ah! Ele é um bom fingidor.


Nos cantos acadêmicos
Sua inescrupulosidade é exercida
Executada com maestria,
Só por ele é percebida
Brinca com os sentimentos,
E acha que aquilo é vida
Fere com ferro
Volta sem ferida.


(...)


Embora a imagem do poeta seja feliz
Ele se sente atrás, quer ser dianteiro
Seus interesses o movem
Atrás do ouro ele corre o mundo inteiro
Usa de todos os recursos
Pra parecer "o cara maneiro"
Ainda tem gente idiota
Dizendo que ele não é interesseiro...
Observe seus melhores amigos:
Reparou que todos eles têm dinheiro?


Mas são estes os amigos,
Que o fazem observar a maldade
Observar bem o porque de tanta vaidade.
Pedem para o poeta lembrar o passado
E assim sentir saudade...
Dizem:
Você está sob efeito de uma malvada falsidade
A malvada falsidade da falsa qualidade
Falsas qualidades cegamente autenticadas pela falsidade
Qualidades estas, que em ti, são de verdade...


Com esses novos conceitos
Sua cabeça entra em frisson
De repente o azul é falso
E o verdadeiro é marrom
E assim sua caixa de cores,
Começa a ganhar um novo tom
Ele percebe que seu coração
Começa a fazer um novo som
E que ele fez sua poesia,
Na simples tentativa de ser bom.





3 comentários:

  1. Nossa, profundo!
    Sei mais ou menos como são essas crises!
    -.-
    Adoro seus poemas Dedê! Muuuuito bons!

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  2. Gosto muito desse poema, apesar de toda a depressão nele. E todos temos essas 'crises' apenas identificamos e reagimos de formas diferentes. A diferença aqui, é que você assume.

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  3. Textos do ENSINO MÉDIO são os mais dahora,hahaha
    PROFUNDÃO esse aíi!

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