quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Herói e o Vilão

Eu tenho Um Segredo! :3
A história é basicamente a mesma se você ainda não reparou. Joseph Campbell na obra "O herói de mil caras" consegue descrever a trajetória de um Herói em uma história, que é bem comum para todos os cantos do mundo, e você sentirá a semelhança também depois de ler isso. A trindade principal do herói para Campbell é composta por "partida, iniciação e retorno".
1. Partida: O herói é chamado à aventura. Provavelmente no início ele será visto no seu cotidiano. Ele está iniciando uma nova etapa em sua vida. E muitas vezes um mensageiro é enviado para anunciar o destino que chama pelo herói.
Ele pode rejeitar o chamado para a partida, e pode ter diversas razões para tanto, desde suas responsabilidades diárias ao seu egoísmo (ele não quer se dedicar a ajudar os outros). Por tanto, por mais que resista, descobrirá que não tem escolha, e acabará aceitando
O herói encontra um protetor, um guia, que lhe ajudará (muitas vezes com coisas sobrenaturais, geralmente sob a forma de amuletos. Então o herói  encontra a primeira entrada para o novo mundo. o protetor pode apenas levar o heróis até a entrada, ele deve atravessá-lo sozinho. O heróis pode lutar, inicialmente, com um guardião da entrada que está ali para impedí-lo de atravessá-la, ou superá-la pela astúcia.
Com a entrada do herói, começa a exploração do desconhecido.
2. Iniciação:  Ele segue um caminho no qual é continuamente posto a prova. O ambiente é novo e o herói provavelmente buscará amigos que o ajude durante as provas. Forças invisíveis podem também vir em seu auxílio
E então o herói é raptado ou precisa empreender uma jornada a noite ou pelo mar.
Em seguida o herói enfrenta um "dragão" simbólico. Ele pode sofrer uma morte ritual, talvez mesmo desmembramento.
O herói é reconhecido (muitas vezes pelo pai) e acaba se unindo a essa pessoa.E então começa a entender a força que rege sua vida. então torna-se quase divino,ele ultrapassa o medo e a ignorância.
Por fim recebe sua ultima dádiva, o objetivo de sua busca. Pode ser até diferente das metas iniciais, pois agora é mais sábio.
Herói

3. O Retorno:  O herói empreende uma volta (talvez mágica) ao seu local de origem. Forças mágicas ou algum protetor do passado pode ajudá-lo, ou alguém do seu lugar de origem pode buscá-lo. então o herói volta para seu cotidiano, e as vezes pode ter dificuldade de fazer as pessoas entenderem o que ele vivenciou. No caso de "dois mundos", o herói se torna rei dos 2, o cotidiano-material e o paralelo-mágico. E agora pode viver sua vida plenamente, sem medos.
Quem será um clásico agora?
De acordo com os críticos John Clute e John Grant, um "Senhor das Trevas" tem, passa por ou é:
- Uma força abstrata, menos carne e sangue e mais foraça sobrenatural.
- Já foi derrotado uma vez, mas não completamente
- Aspira tornar-se o príncipe desse mundo
- Representa redução - antes da história ser escrita ocorreu uma queda naquele contexto
- Também representa degradação, um colapso moral muitas vezes resultado de uma barganha questionável
- Praticam o mau por inveja e ganância (Lúcifer que o diga).

Agora pensem no coitado de um escritor que quer fazer um herói, mas quer fugir do clichê e então busca quebrar todos esses padrões... e o vilão místico? Quantos deles realmente são motivados por algo realmente interessante? Se você leu algo e gostou de um ou outro em uma história, é porque o escritor é foda, por mais "comercial" que ele queira ser, hoje é necessário inovar.

2 comentários:

  1. Wow, haute couture!
    @omtouche daria um bom crítico literário(ja que espírito escritor ele ja tem).
    Realmente, saber dessas coisas nos az ver o tanto de coisa é clichê por aí. E aí vem a pergunta: seria isso clichê, ou somente o básico para uma boa história?
    Não sei se encoraja ou desanima quem quer escrever, mas é muito difícil fugir disso aí.

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  2. Isso é algo que sempre reparei em heróis... a história é quase sempre a mesma.

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